Incêndio florestal cresceu em setembro e deve amenizar com as chuvas.
Combate é feito por equipes de brigadistas do Prevfogo, do Ibama.
Informações G1 BA
Incêndio devasta plantação no oeste da Bahia (Foto: Ivan Rodrigo/Blog do Braga) |
A região de Barreiras, oeste da Bahia, já acumula 114 focos de incêndio florestal do dia 1° de setembro até esta quarta-feira (30), informou o gerente estadual fogo, João Noleto, do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), que integra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com o gestor da região, as queimadas são comuns em terrenos baldios, encostas de morro, matas ciliares, margem de rodovia, além restos de pastagem, e têm sido causadas por incineração de lixos e agravados pelas altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e ventos intensos.
"A gente está trabalhando muito aqui com a questão da educação ambiental. É preciso dar finalidade ao lixo, que pode ser inclusive um produto de valor comercial. Para ocorrer o fogo, tem que ter combustível (material), oxigênio e temperatura. As pessoas tocam fogo nesses materiais e aqui tem capacidade de criar incêndio muito rápido", informou João Noleto, que é engenheiro florestal.
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Por conta da situação, a região oeste terá reforço no combate à queimadas com o envio de de dois aviões tanque (modelo Air Tractor) e um helicóptero. A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (30) pelo Governo do Estado. Segundo o governo estadual, a ação faz parte da "Operação Bahia sem Fogo" e já conta, desde o início deste mês, com a atuação de um helicóptero, veículos tracionados e mais de 50 brigadistas e bombeiros militares, além de sete técnicos da fiscalização do Inema.
Segundo João Noleto, do PrevFogo, o período com maior número de queimadas acontece de meados de agosto até meados de outubro. O combate é feito por uma equipe formada por 30 profissionais capacitados como brigadistas e contratados de forma temporário para atender a demanda. A situação fica mais calmas a partir das primeiras chuvas de verão.
De acordo com informações de João Noleto, a região tem cultivo de uma vegetação chamada de "capim andropogon", que agrava as queimadas e o combate porque é um meio de rápida propagação do fogo. "Se as pessoas não deixassem tão grande, ficaria mais fácil o combate porque não teria muita propagação. [Com o capim], forma uma nuvem de fumaça e bola de fogo que dificultam a entrada dos brigadistas porque o risco de segurança é muito grande", informou.