Jornalista denuncia que cabelo 'black power' impediu foto para passaporte - Ibicoara de Todos

Jornalista denuncia que cabelo 'black power' impediu foto para passaporte

Tive que prender meu cabelo com uma borracha', conta baiana de 34 anos.
Caso ocorreu em posto da Polícia Federal em Salvador; órgão explica fato.


Lília de Souza publicou indignação no Facebook (Foto: Reprodução / Facebook)
Lília de Souza publicou indignação no Facebook (Foto: Reprodução / Facebook)

Uma jornalista baiana de 34 anos precisou prender o cabelo "black power" para conseguir realizar a renovação de seu passaporte, emitido pela Polícia Federal em um posto do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), em Salvador. De acordo com o relato de Lília de Souza, ela passou por uma situação de constrangimento porque foi orientada a usar uma "borracha de escritório" para prender o cabelo,  já que o sistema da PF não aceitava a foto tirada com os cabelos soltos.
De acordo com informações da Polícia Federal (PF), a situação foi provocada porque o sistema de emissão de passaporte segue uma normatização que exige que o rosto da pessoa tenha determinada dimensão na foto.  Lília diz que foi informada da limitação do sistema na terça-feira (15), quando esteve em um posto da PF em um shopping da capital baiana, onde foi renovar o documento.
"Eu ainda insisti em fazer a foto com o meu cabelo solto, ela [a PF] tentou algumas vezes e o sistema não permitiu. Tive que prender meu cabelo com uma borracha daquelas de escritório, que eles arrumaram e me deram", contou a jornalista por meio de sua página em uma rede social. A jornalista diz que chorou ao sair do posto do SAC e chegou a voltar para reclamar da situação ao qual foi submetida.
Ao G1, Lília de Souza afirma que ainda não teve tempo de pensar se pedirá algum tipo de retratação pelo constrangimento vivido. "É tudo muito recente. Advogados me procuraram, pessoas de entidades de combate ao racismo também, mas ainda não sei que medidas vou tomar", afirma. 
De acordo com informações prestadas pela Polícia Federal, a situação não se configura como uma discrIminação e o episódio será analisado a fim de resolver se o sistema deverá passar por qualquer processo de adequação. Informações G1 BA
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