Ocupação ocorreu na manhã desta quinta-feira (29) e durou cerca de 2h
Informações Correio24horas
Cansados da falta de infraestrutura das escolas, cerca de 30 educadores de Lauro de Freitas decidiram ocupar a sede da Prefeitura do município, pedindo por melhorias na educação e na estrutura das escolas.
Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas (ASPROLF), outros problemas também estão na pauta dos educadores, como a existência de processos parados, como o projeto de lei que determina a eleição direta para diretor, além de salários retroativos não pagos e lista de enquadramento pendentes.
Educadores reclamam de falta de infraestrutura nas escolas de Lauro de Freitas (Foto: Divulgação) |
Em conversa com o correio, Valdir Silva, coordenador geral do sindicato, informou que foram realizadas duas assembleias na quarta-feira (28) e os educadores optaram pela ocupação da prefeitura, esperando que o prefeito Márcio Paiva (PP) solucionasse os problemas de forma mais rápida.
"Chegamos no Gabinete do prefeito por volta das 11h30, mas como as primeiras conversas foram evasivas, decidimos ocupar a prefeitura. Por volta das 15h45, o prefeito nos informou que havia enviado e protocolado o projeto de lei para eleição direta dos diretores, que deveria ter sido enviado para a Câmara desde 2014", informou Valdir Silva.
Educadores reclamam de falta de infraestrutura nas escolas de Lauro de Freitas (Foto: Divulgação) |
Documentos pendentesDe acordo com o sindicato, Márcio Leão, secretário de governo de Lauro de Freitas, afirmou em uma reunião, na manhã desta quinta-feira (29), que o Projeto de Lei para alteração da eleição de diretor e vice escolar ainda não foi encaminhado para a Câmara Municipal de Vereadores (CMLF) porque "o prefeito não sabia onde estava o documento".
O Sindicato afirmou que fez visitas às escolas da rede municipal e constatou que a infraestrutura das salas de aula está precária, "prejudicando a qualidade de aprendizado dos alunos e o desenvolvimento do trabalho dos professores".
Educadores fazem enterro simbólico para chamar atenção dos problemas nas escolas (Foto: Divulgação) |
Segundo a denúncia, há falta de carteiras, móveis para o professor, além de ventiladores. Em uma das unidades, há até um buraco em um muro. "Pra se ter noção, tem alunos que assistem 50 minutos de aula em pé, por não ter onde sentar ou faz rodízio como em dias de prova", informou a assessoria do sindicato.
Em nota, a Prefeitura de Lauro de Freitas afirmou que tenta manter o diálogo com todas as categorias e trabalha para resolver os problemas dos educadores. A assessoria da prefeitura disse também que o projeto de lei já foi encaminhado para a câmara e as mudanças no dia do pagamento do salários dos funcionários ocorreram por conta dos cortes no orçamento.
Leia, na íntegra, a nota:
Com relação aos questionamentos sobre as manifestações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas (Asprolf), a Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas (PMLF) esclarece:
1 - Sobre a questão da eleição dos diretores escolares, a Secretaria de Governo (Segov) atendeu uma comissão formada por representantes da Asprolf e após reuniões encaminhou para a Câmara de Vereadores uma mensagem (documento oficial com o pleito) com o projeto de lei anexo referente a reformulação da gestão do ensino público municipal por meio de eleição direta para apreciação dos edis. Atendendo o pleito da categoria;
2 – Quanto ao questionamento sobre a Portaria Gapre nº 274/2015, que torna de “conhecimento público que o pagamento dos servidores públicos do Município de Lauro de Freitas, no exercício de 2015, será realizado até o 5º (quinto) dia útil do mês subsequente”.
A PMLF esclarece que tomar essa iniciativa tem o foco de ter transparência com os servidores acerca do período de vencimentos de suas remunerações, motivado pelo atual cenário financeiro vivenciado pelo Governo Federal, Estadual e em diversos munícipios do país;
3 – Por fim, vale salientar que a Prefeitura mantendo o perfil de promover o diálogo com a categoria, esteve reunida com a Asprolf e demandou os pleitos dos profissionais. Houve uma atenção especial durante todo o dia, em que uma sala da Segov foi disponibilizada, juntamente com toda estrutura necessária para os representantes do sindicato, que estiveram em constantes reuniões com o secretário da Segov, Márcio Leão, tendo deixado as dependências da Secretaria de forma ordeira e amistosa, após conclusão do encontro.