Gildásio Miranda Silva foi preso nesta sexta (13) em Mucugê
Informações Correio24horas
Um homem foi preso em flagrante na última sexta-feira (13) tentando colocar fogo em uma vegetação no município de Mucugê. Gildásio Miranda Silva foi preso pela Polícia Militar e mandado para a sede da 13ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Seabra), onde permanece preso.
De acordo com a coordenadora de Fiscalização Preventiva do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) e perita em incêndios florestais, Fabíola Cotrim, 99% dos incêndios ocorridos na Chapada Diamantina são causados pela ação humana. “Quatro peritos estão em campo para investigar as causas e chegar até os responsáveis pelos incêndios”, afirmou Fabíola.
Fogo continua em pontos da Chapada (Foto: Dimitri Argolo Cerqueira) |
O secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, viajou até a região na tarde deste sábado acompanhado do comandante do Corpo de Bombeiros, Francisco Telles, para conferir de perto a situação e se reunir com prefeitos das cidades atingidas na tentativa de discutir novas medidas de combate ao fogo. "A situação está bastante crítica. São muitos focos de incêndio. Levaremos alguns dias para conseguir controlar", afirmou o secretário. Ao todo, sete localidades estão sofrendo com a ação das chamas.
A situação é mais preocupante na Área de Proteção Ambiental (APA) Marimbus – Iraquara, localizada em Lençóis, no Campo São João, que fica dentro do Parque Nacional da Chapada, no Morro Branco, que fica no Vale do Capão e no Povoado do Correia, município de Mucugê. Em todos esses locais, as equipes de combate ainda não conseguiram controlar o fogo, que se alastra rapidamente beneficiado pelas condições climáticas da região. “O combate direto está sendo dificultado por causa do sol quente, da grande quantidade de matéria orgânica seca e do vento, que muda de direção a todo tempo”, afirmou o secretário, que se reuniu na tarde deste sábado com prefeitos de cidades da Chapada para discutir novas medidas de combate.
Durante o encontro, foi decidido que as áreas mais atingidas pelo incêndio vão receber aceiros, espécie de desbaste de uma faixa da vegetação para evitar propagação do fogo. “Retiramos a vegetação para cortar a linha de fogo e isolá-lo. Isso impede que o fogo se propague e acabe com uma quantidade maior da vegetação”, contou Spengler, que afirmou que os aceiros começaram a ser construídos já no início da tarde deste sábado sob a supervisão do Corpo de Bombeiros. Ao todo, 68 pessoas, entre bombeiros, brigadistas e voluntários estão atuando no combate ao fogo nesses locais. Quatro aeronaves Air Trector e dois helicópteros estão sendo utilizadas pelas equipes na operação.
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