Moradores do município de Miguel Calmom, no centro norte da Bahia, são contra o abate massivo dos animais
bahia.ba com informações da Folha de S. Paulo.(Foto: Calmon notícias/Divulgação) |
As jegadas, evento em que os participantes desfilam em jegues, estão ameaçada de extinção. Essa é uma das tradições mais expandidas na região do Nordeste e está sob ameaça de sofrer com a falta de sua maior estrela, os jumentos. É o caso do festival do jegue de Miguel Calmon, no centro norte da Bahia, onde a atração já é realizada há 21 anos. A preocupação dos organizadores e participantes da celebração se deve ao fato de governo do estado ter adotado o abate desses animais como medida extrema para reduzir o número de jegues abandonados, que ficam soltos nas estradas e provocam acidentes.
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Conforme os moradores da cidade, o animal é muito útil para os trabalhadores rurais. Estima-se cerca de 5.000 jegues. No entanto, em um frigorífico de Miguel Calmon, 300 animais chegaram a ser abatidos, cuja meta é de chegar a 2.000. O Ministério Público Estadual é contra a medida e, depois de recomendação da Promotoria, o frigorífico suspendeu os abates.
Impacto– O número de animais para a Jegada, segundo os participantes, tem diminuído a cada evento, que ocorre nos meses de maio. Na edição deste ano, foram distribuídas mil camisas, mas só foi possível encontrar 600 animais na rua.
No nordeste, o maior evento do tipo é a “Jecana Oficial do Brasil”, realizada há 45 anos em Petrolina (PE) e que este ano deu R$ 30.000 em premiações em competições diversas —como corridas, desfiles e “jegue fashion”. O evento é uma gincana com jegues, outra forma local usada para designar os jumentos.
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