Festival Jegada teme fim da festa com abate de jumentos

Festival Jegada teme fim da festa com abate de jumentos

Por Rodrigo Anjos

Moradores do município de Miguel Calmom, no centro norte da Bahia, são contra o abate massivo dos animais

bahia.ba com informações da Folha de S. Paulo.
(Foto: Calmon notícias/Divulgação)


As jegadas, evento em que os participantes desfilam em jegues, estão ameaçada de extinção. Essa é uma das tradições mais expandidas na região do Nordeste e está sob ameaça de sofrer com a falta de sua maior estrela, os jumentos. É o caso do festival do jegue de Miguel Calmon, no centro norte da Bahia, onde a atração já é realizada há 21 anos. A preocupação dos organizadores e participantes da celebração se deve ao fato de governo do estado ter adotado o abate desses animais como medida extrema para reduzir o número de jegues abandonados, que ficam soltos nas estradas e provocam acidentes.
Conforme os moradores da cidade, o animal é muito útil para os trabalhadores rurais. Estima-se cerca de 5.000 jegues. No entanto, em um frigorífico de Miguel Calmon, 300 animais chegaram a ser abatidos, cuja meta é de chegar a 2.000. O Ministério Público Estadual é contra a medida e, depois de recomendação da Promotoria, o frigorífico suspendeu os abates.
Impacto– O número de animais para a Jegada, segundo os participantes, tem diminuído a cada evento, que ocorre nos meses de maio. Na edição deste ano, foram distribuídas mil camisas, mas só foi possível encontrar 600 animais na rua.
No nordeste, o maior evento do tipo é a “Jecana Oficial do Brasil”, realizada há 45 anos em Petrolina (PE) e que este ano deu R$ 30.000 em premiações em competições diversas —como corridas, desfiles e “jegue fashion”. O evento é uma gincana com jegues, outra forma local usada para designar os jumentos.

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