Objetivo é tentar amenizar os problemas resultantes da falta de verbas
Informações Correio24horas
(Foto: Evandro Veiga/ Arquivo Correio) |
Para tentar amenizar os problemas resultantes da falta de verbas, prefeitos de todo o Brasil vão a Brasília no próximo dia 22 de novembro para pressionar senadores e deputados federais. Eles querem a liberação emergencial, pelo governo federal, de R$ 4 bilhões para que as prefeituras fechem as contas de 2017 - destes, cerca de R$ 150 milhões para a Bahia. A ação integra a campanha Não Deixem os Municípios, da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
A atualização do valor repassado referente aos programas federais também está na pauta de reivindicações. O objetivo é reunir mais de 20 mil pessoas, entre prefeitos e lideranças políticas municipais, em Brasília.
No final de outubro, cerca de 350 prefeitos baianos marcharam para protestar contra a situação e pedir o apoio de deputados estaduais e congressistas do estado na pauta municipalista junto à União. No dia da marcha, as prefeituras fecharam as portas e uma audiência pública foi feita na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
“Precisamos fazer uma grande mobilização e mostrar que os prefeitos estão com uma corda no pescoço. Nós estamos pagando a conta da crise que não causamos”, ressalta Eures Ribeiro, presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB).
“Os governos federal e estadual jogam todo o peso nas costas das prefeituras e quem sofre é o povo”, queixa-se o prefeito de Sítio do Mato, na região do Vale do São Francisco, Alfredo de Oliveira Magalhães Junior (PDT).
A principal queixa dos prefeitos baianos é em relação à divisão do bolo tributário. Hoje, de tudo que é arrecadado no país, 50% do valor fica com a União, 31% do montante vai para os estados e 19% são repassados aos municípios. “É totalmente desproporcional. Os municípios não suportam mais carregar esse peso”, frisa Eures.