Trabalho de combate às chamas é feito pela noite, quando o calor é menos intenso. Brigadistas voluntários também citam falta de equipamentos.
Informações G1 BA e TV Bahia
Foto: Reprodução/TV Bahia |
Brigadistas voluntários relataram sobre o difícil acesso a focos de incêndio na Chapada Diamantina e a falta de equipamentos para o combate às chamas.
"Os brigadistas chegam a andar 7h subindo serra para conseguir chegar na linha de fogo e começar a controlar às chamas"
"Chegam completamente exaustos, sem força física e emocional. Helicóptero para a gente seria essencial, porque vivemos em um área de serras e montanhas", detalha Giovana Rabello, que é brigadista voluntária.
Giovana também conta o trabalho de combate às chamas é feito pela noite, quando o calor é menos intenso.
Sobre a falta de helicópteros, o Corpo de Bombeiros informou que ainda não há necessidade, mas que vai acionar o Grupamento Aéreo da Polícia Militar, caso seja preciso.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, 148 bombeiros estão no combate às chamas em todo o estado e que mais 36 devem chegar na Chapada na terça-feira (5).
Marcelo Penteado Cardoso, presidente da Brigada Voluntária de Lençóis, conta sobre a falta de equipamentos para os 40 voluntários que combatem as chamas na Chapada.
"[Falta] bota, calça e gandola. Isso é o que mais está faltando para a nossa brigada. Estamos esperando. A posição da Defesa Civil foi que a gente receberia, mas não tem data ainda", comentou.
A reportagem da TV Bahia entrou em contato com a Defesa Civil e aguarda posicionamento.
Brigadistas voluntários identificaram quatro novos focos de incêndio em Mucugê, na região da Chapada Diamantina, no último fim de semana. Em um dos casos, a área de mata atingida pelo fogo fica perto da base do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município.
Há chamas também no topo da Serra do Sincorá, área considerada de difícil acesso e é possível notar fumaça densa de várias partes da Chapada Diamantina. Não foi calculada a área atingida pelo fogo.
Esquadrões de várias regiões da região atuam no combate ao fogo, inclusive com uso de aeronaves. Não há previsão de chuva para os próximos dias, o que piora a situação, já que o tempo seco e ventos fortes favorecem o surgimento de novos focos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, militares atuam em pelo menos 11 cidades, nas regiões oeste e norte da Bahia, onde há mais casos de incêndio em vegetação. São elas: Macaúbas, Uibaí, Iraquara, Lençóis, Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, Riachão das Neves, Barra, Ibotirama, Formosa do Rio Preto e Aroeiras-BA.
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